Nos meus primeiros anos de conversão, quando conheci Jesus, queria fazer de tudo para não pecar, a minha maior preocupação era em não ferir ao Senhor com meus pecados. Rezava meu terço, seguia na leitura da Palavra, missa dominical, grupo de oração, confissão, e trabalhando na obra do Senhor. Achava que isso era a perfeição. E que todas as minhas “boas obras” estavam fazendo o Senhor se alegrar comigo.
Mas Jesus com todo o seu amor, teve paciência comigo. Ele esperou o momento certo, e o momento certo no meu caso foi a dor. Na dor eu procurei o Senhor como nunca o havia procurado, e sabe o que Ele me dizia? Nada. Ele não me respondia nada. Eu o procurei no meu quarto, sozinha, nas madrugadas, o clamava. E ele não dizia nada. E com isso Jesus ia moldando meu coração, me preparando, transformando meu caráter, como o São Paulo diz na carta aos Romanos: “Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
E foi aí que eu descobri o que realmente importava! Ele me queria, muito mais do que minhas “obras externas”, Ele me queria e se alegrava quando eu o buscava e mesmo sem ele me dizer nada, eu estava ali, aos seus pés. Muitas noites chorando, outras adorando, outras rindo com ele sobre minha imaturidade. Ele queria que com a mesma intensidade que eu trabalhava na sua obra, eu também o buscasse na intimidade. E eu tola, passei tanto tempo longe desses momentos.
Descobri que Ele me quer onde ninguém está vendo. Descobri que ele quer a minha adoração e o meu canto no escondimento do meu quarto, descobri que Ele ama falar comigo quando estamos a sós. Ali Ele me ama, recolhe minhas lágrimas, me modela, me transforma e a cada dia me torna mais parecida com Ele. Não são as minhas obras, mas sim o quanto eu o busco. O quanto eu desejo estar com Ele. O quanto eu anseio ser íntima dele. O quanto eu preciso conhecer o que diz na sua palavra. Ali eu pude entender que os planos dele são muito melhores que os meus planos. E assim ele vai me capacitando para melhor servir, me santificando e me tornando mais parecida com Ele em tudo o que eu fizer. Todas as vezes que corro para Ele, seus braços estão sempre estendidos. Sempre está disponível para me acolher e me amar.
Descobri que eu sou sua amada e o meu Amado é meu! (Cântico dos cânticos 6,3).
Que você, minha querida irmã, possa correr para atender ao chamado do Senhor que anseia para ter um relacionamento íntimo e pessoal contigo. Saiba que Ele te ama e te vê como ninguém mais vê.
Com amor,
Priscila.
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